31 julho 2006

ESFORÇO

Por vezes, na vida, ante alguns fracassos, nos entristecemos e desistimos de lutar.
Tarefas iniciadas são abandonadas. Profissões dignas são deixadas à margem.
Tudo em nome de um fracasso, um dia, uma vez.
Recordamos que, certa vez uma estudante de violino, durante um concerto, teve a infelicidade de ter o arco do instrumento esticado em demasia.
Isso fez com que arrancasse do violino um lancinante gemido de gato. O lá desafinou, os seus dedos, umedecidos pela transpiração nervosa escorregaram no braço do violino.
Seu desejo era cair morta.
Mas corrigiu a tensão das cordas, enxugou as mãos no vestido e continuou.
Ao finalizar correu para os bastidores e exclamou: "Nunca mais tocarei violino."
Uma excelente artista que ouviu seu desabafo, lhe falou: "Você já observou como cantam os pássaros? Sabe porque Deus os criou? Para que alegrassem o homem e ele não sucumbisse à tristeza.
Não vê? Deus deu a muitas pessoas aptidões para tornarem os homens felizes.
Ele deu a você a possibilidade de tocar violino. Não deve lhe desobedecer e sim utilizar sua aptidão para lhe agradar. Tudo isso faz parte do seu grande plano."
A menina pensou e pensou. No dia seguinte, ergueu-se cedo e retomou as longas horas de estudo do seu violino.
O esforço é lei da vida. Todos os seres, de uma forma ou de outra, não podem fugir a isso.
Mecanismo de evolução, promove o progresso, estimula a experiência.
Graças ao esforço os homens se enriquecem emocional, cultural, artística e economicamente.
Não houvesse esforço e a vida permaneceria nas suas expressões primitivas, iniciais.
Tudo trabalha e se esforça em a natureza.
Os ventos e as chuvas realizam o seu esforço na erosão dos montes e da crosta terrestre.
A gota d`água, no seu cair sem parar, cria as belezas que nos deslumbram os olhos nas grutas, no silêncio das furnas, promovendo formas curiosas e especiais.
Onde se apresente o esforço, floresce a paz. E onde a ação movimenta o progresso, vibra a alegria.

Você sabia?

Que a grande cantora madame Ernestine Schumannheink durante um dos seus concertos vacilou e falhou?
E que mesmo assim, corajosamente dominou-se e foi até o fim?
E assim a "maravilhosa dama" como era chamada nos últimos anos, continuou cantando em concertos e no rádio, prosseguindo como os pássaros a espalhar alegria entre os homens.
Fonte: Livro Perfis da Vida

28 julho 2006

França propõe legalizar a clonagem terapêutica

A legalização da clonagem terapêutica e a autorização de pesquisas com células-tronco embrionárias foram propostas em um relatório parlamentar francês, divulgado hoje.
O documento, intitulado "Células-tronco e eleições éticas", é obra do professor de medicina e deputado do partido conservador Pierre-Louis Fagniez, e foi entregue ao primeiro-ministro da França, Dominique de Villepin.
Em janeiro, Fagniez foi encarregado por Villepin de analisar os debates, tanto na França como no exterior, sobre as pesquisas com células-tronco embrionárias e sobre a clonagem terapêutica nos campos científico, ético e jurídico.
"Chegou o momento de autorizar o recurso da clonagem terapêutica", afirmou o legislador ao apresentar hoje seu relatório.
Ele disse que esta técnica tem "vantagens próprias", como a obtenção de células-tronco, além de evitar a barreira imunológica e ter acesso a células-tronco patológicas.
Em seu relatório, Fagniez propõe dez medidas, incluindo as já mencionadas, que visam a revisão em 2009 da lei de bioética de 2004.
Essa lei proíbe a clonagem terapêutica e as pesquisas com células-tronco embrionárias, mas, de forma derrogatória e por um período de cinco anos, permite certos trabalhos que levem à destruição de embriões fecundados in vitro e que já não se inscrevam em um projeto familiar.
O deputado propõe que se passe de um regime de revogação parcial a "um regime de autorização", sob o controle da Agência de Biomedicina, criada em 2004.
A clonagem terapêutica também ficaria sob o controle "estrito" dessa agência, diz Fagniez, que prefere se referir a esta técnica como transferência nuclear de material ou "clonagem não reprodutiva".
Há três dias, os países da União Européia chegaram a um acordo político que permitirá continuar financiando com fundos europeus os projetos de pesquisa com células-tronco embrionárias nos países onde estas práticas sejam autorizadas. Segundo informou o serviço de imprensa, Villepin pediu aos ministros de Saúde e Pesquisa que, antes do fim de outubro, apresentem propostas para reforçar a "informação e formação" dos franceses sobre os desafios éticos da evolução científica
Fonte: Agência Efe

25 julho 2006

UE vai usar embriões excedentes em pesquisa

Mas bloco não financiará etapa de destruição do embrião.
Os países da União Européia (UE) alcançaram ontem um acordo político para que prossiga o financiamento com fundos europeus de pesquisas com células-tronco embrionárias nos países do bloco onde essa prática for autorizada. Na semana passada, o presidente dos EUA, George W. Bush, vetou o financiamento público de pesquisas com células-tronco embrionárias, que utilizam embriões destinados a descarte de clínicas de reprodução humana.
Os ministros de Indústria e Educação da UE aprovaram o 7º Programa Marco de Pesquisa, que terá 54 bilhões para o período 2007-2013 (apenas uma pequena fração irá para pesquisas com células-tronco).
Polônia, Áustria, Eslováquia, Lituânia e Malta votaram contra o programa por "questões éticas". Alemanha, Itália e Luxemburgo, que também mantinham reservas, mudaram de posição graças à inclusão no texto de uma declaração da Comissão Européia (órgão executivo da UE), detalhando as condições de financiamento.
A CE esclareceu que não aceitará o co-financiamento de atividades que impliquem na destruição de embriões humanos, incluindo as destinadas a obter células-tronco. "Isso não impedirá o financiamento pela UE dos passos subseqüentes relacionados às células-tronco embrionárias", diz a declaração. Portugal lamentou a "incoerência e hipocrisia" de não se financiar a obtenção das células-tronco embrionárias, mas sim as pesquisas com elas.
A declaração da CE neutralizou as objeções da Alemanha. A ministra alemã de Educação e Pesquisa, Annette Schavan, insistia em que seu país não estava disposto a co-financiar atividades que implicassem no "sacrifício de embriões".
O Reino Unido enfatizou as "imensas possibilidades terapêuticas" da pesquisa e opinou que seria "moralmente inaceitável que esses avanços não fossem acessíveis aos pacientes".
O programa aprovado veta explicitamente que fundos europeus beneficiem atividades de pesquisa sobre clonagem humana com fins reprodutivos. Também não haverá verba para modificar a herança genética de humanos ou criar embriões com fins de pesquisa.
Além disso, a proposta ressalta a necessidade de aplicar normas estritas de controle e a análise das pesquisas caso a caso.
O acordo sobre o programa deve ser votado em segunda leitura pelo Parlamento Europeu, que já demonstrou ter posição semelhante à estipulada hoje.
Atualmente, a obtenção de células-tronco embrionárias a partir de embriões excedentes de clínicas de fertilização in vitro é permitida na França, Holanda, Espanha, Dinamarca, Finlândia e Grécia. Só Bélgica, Reino Unido e Suécia autorizam a clonagem terapêutica, excluída do programa da UE.
Fonte: O Estado S.Paulo

País amplia estudo de células-tronco

Sete instituições se juntam às primeiras 33 que participam de pesquisa com doenças cardíacas.
Nove anos depois de receber o diagnóstico de doença isquêmica do coração, a vendedora Suzy Mascarenhas, de 53 anos, enfrentou o "medo imenso" de ser uma das 1.200 voluntárias do maior estudo mundial randomizado (por amostragem) de terapia celular em cardiopatias.
Operada na terça-feira, no Instituto Nacional de Cardiologia Laranjeiras (INCL), no Rio, ela faz parte de um grupo de cerca de 150 pacientes já em avaliação. Para acelerar os trabalhos, iniciados em junho do ano passado e com duração prevista de três anos, novos centros estão sendo cadastrados. Aos 33 iniciais, somaram-se outros sete. Há ainda a possibilidade de que um novo tipo de protocolo seja adicionado aos quatro existentes.
A cirurgia realizada em Suzy é a primeira feita no Estado do Rio e dependeu de análises da equipe do Instituto do Coração (Incor), centro-âncora para a doença isquêmica do coração. Coordenadas pelo INCL, outras instituições, distribuídas em nove Estados e no Distrito Federal, pesquisam também a terapia celular em pacientes com enfarte agudo do miocárdio, doença de Chagas e cardiomiopatia dilatada.
Com investimento de R$ 18 milhões do Ministério da Saúde, o estudo, que já comprovou a segurança da técnica, quer saber se a terapia celular funciona. Sabe-se hoje que células-tronco retiradas do embrião têm o poder de se diferenciar em qualquer tecido, mas no Brasil são permitidas apenas pesquisas com células adultas. "Fora deste estudo, já realizamos, há cinco anos, outras experiências com células-tronco. E, até agora, não foi constatado nenhum efeito maléfico da técnica. Se constatarmos a eficácia, o procedimento vai ser adotado pelo SUS", afirmou ontem o responsável nacional pelo estudo, Antônio Carlos Campos de Carvalho, coordenador de ensino e pesquisa do instituto.
Presente para a inauguração de um novo setor para doação de sangue do INCL, o secretário de Atenção à Saúde do ministério, José Gomes Temporão, visitou Suzy e declarou que a descoberta de um novo tratamento poderá reduzir os R$ 500 milhões gastos anualmente pelo governo no tratamento de cardiopatias. "As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte no País."
PACIENTE DIABÉTICA
Diabética, hipertensa, cardiopata e ex-fumante, Suzy contou ter procurado o INCL tão logo soube da terapia. "Há uns dois anos, eu li sobre o tratamento em diabéticos. Vim e soube que não tinha como participar. Fui embora desanimada, mas aí abriu essa outra porta de possibilidade de cura", relatou.
Embora tenha sido comunicada de que a pesquisa também tem um grupo de controle, que recebe apenas placebo, mostrou-se esperançosa no poder das células-tronco. "Espero melhorar. Dava 30 passos e tinha de parar. Sentia dor, falta de ar."
Médica de Suzy, Suely Bondarovsky explicou que, independentemente das injeção ou não de células-tronco, a paciente vai se sentir melhor após a cirurgia, pois recebeu duas pontes de safena. Ela foi incluída no estudo porque uma das veias do coração que está entupida, tecnicamente, não pode ser vascularizada pelos métodos tradicionais.
Pessoas que sofrem da mesma doença da vendedora e não precisam de safenas ainda não podem se candidatar à pesquisa. Mas, se depender de Campos de Carvalho, isso será por pouco tempo. "Estamos tentando com o ministério incluir um novo protocolo."
Fonte: O Estado S.Paulo

24 julho 2006

Stephen Hawking critica EUA e UE por postura sobre células-tronco

O cientista britânico Stephen Hawking, autor de "Uma Nova História do Tempo", criticou os Estados Unidos e a União Européia por tentar proibir as pesquisas com células-tronco embrionárias.
Em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal britânico "The Independent", Hawking considera que as células-tronco embrionárias poderiam permitir o tratamento de males atualmente considerados incuráveis. O cientista sofre de uma doença degenerativa que o mantém em cadeira de rodas e limita seus movimentos --ele apenas move alguns dedos, com os quais opera uma caixa de voz computadorizada.
Hawking afirmou ainda que se opõe totalmente às tentativas de proibir o financiamento desses estudos. "A Europa não deve seguir a liderança reacionária do presidente Bush, que recentemente vetou um projeto de lei aprovado pelo Congresso e apoiado pela maioria da população americana que teria permitido o uso de recursos do governo federal para as pesquisas com células-tronco", afirmou Hawking.
As pesquisas com células-tronco são a chave para se chegar ao tratamento de doenças degenerativas, considerou o cientista. De acordo com ele, impedir os estudos com células-tronco embrionárias é como se opor ao uso de órgãos doados de pessoas mortas.
Há poucos dias, Bush utilizou o veto presidencial pela primeira vez em seu mandato contra uma lei aprovada pelo Congresso norte-americano que ampliaria os recursos públicos para as pesquisas com células-tronco embrionárias.
Fonte: Folha Online

21 julho 2006

Veto a pesquisa com células-tronco reacende debate nos EUA

O veto do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, contra a ampliação da verba para as pesquisas com células-tronco embrionárias excedentes de tratamentos de fertilização in vitro reacendeu o debate nesta semana no país. De um lado, estão os que defendem suas possibilidades médicas e, de outro, os que questionam as implicações da possível destruição de vida humana.
A comunidade científica americana condenou na quarta-feira (19) o veto de Bush a uma lei aprovada pelo Congresso, destinada a aumentar os recursos federais para a pesquisa sobre células-tronco embrionárias. As células-tronco são células imaturas que podem ser comparadas a uma página em branco: têm a capacidade de se transformar em qualquer dos vários tipos de células que compõem os diferentes tecidos do corpo.
Essa faculdade as torna especialmente interessantes para os cientistas porque, se conseguirem controlar o mecanismo pelo qual se diferenciam, esse material poderia servir para reconstruir tecidos danificados. Embora estejam presentes genericamente em tecidos e indivíduos, as mais versáteis são as provenientes de embriões nos primeiros estágios de desenvolvimento.
Por isso, a idéia dos cientistas é extrai-las de embriões humanos e conseguir o domínio do mecanismo pelo qual se diferencial, aplicando em seguida esse conhecimento para criar tecidos e transplantá-los em pessoas com lesões musculares, ósseas, cerebrais, em outras partes do sistema nervoso ou em órgãos. O problema é que extrair a célula-tronco do embrião implica a sua destruição, o que é questionado por aqueles que consideram que a vida humana existe desde a fecundação.
Os embriões que os cientistas querem usar são os que sobram de tratamentos de fertilização in vitro, que são deixados pelos casais nas clínicas e podem, às vezes, ser doados e implantados em casais estéreis. Isso foi lembrado por Bush na quarta-feira, ao anunciar o veto, cercado de crianças e bebês nascidos da técnica de fertilização in vitro (os chamados bebês de proveta).
"Esses meninos e meninas não são peças de reposição, eles lembram o que se perde quando os embriões são destruídos em nome da pesquisa", disse Bush.
Defensores
Mas a comunidade científica e os defensores das pesquisas com células-tronco embrionárias destacam que a grande maioria desses embriões excedentes acabam destruídos e lembram seu benefício potencial para a cura de doenças.
"A grande maioria das pesquisas feitas há 25 anos mostram que as células-tronco embrionárias têm a capacidade de formar todos os tipos de tecidos do corpo humano", lembrou em seu site a Associação Americana de Biologia Celular (American Society for Cell Biology - ASCB). "Por isso a ASCB acredita que as pesquisas feitas com essas células oferecem um grande potencial para substituir células e órgãos danificados ou destruídos por doenças atualmente incuráveis", como o Alzheimer ou paraplegias causadas por acidentes.
Essas células-tronco embrionárias também "são úteis para a compreensão dos mecanismos das doenças e a criação de novos medicamentos", destacou a ASCB.
Segundo Ira Black, biólogo e diretor do Instituto de Células-tronco de Nova Jersey, a falta de recursos federais para a pesquisa "é muito grave". As conseqüências potenciais a longo prazo poderiam ser caras para a saúde do público americano, mas também para a economia do país, que não será competitiva neste setor, avaliou.
Para Martin Rees, presidente da Royal Society --academia de ciências do Reino Unido--, a política americana "está desacelerando o esforço mundial para desenvolver terapias para muitas doenças".
Fonte: Folha Online

20 julho 2006

A aventura inacabada das pesquisas com células-tronco

Quando começa a vida? No momento em que é formada a primeira célula ou quando o ser adquire consciência própria? Essa foi a polêmica numa mesa-redonda sobre os limites éticos nas pesquisas com células-tronco, nesta quarta-feira.
A doutora em biofísica e professora da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Alice Teixeira Ferreira, e o professor de Bioquímica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Carlos Alexandre Netto, divergiram sobre o assunto.
Para Alice, a vida inicia na união do espermatozóide com o óvulo, uma combinação genética única e incapaz de se repetir. Essa primeira célula, mesmo não formando um organismo completo, é um ser humano em potencial e, desta forma, possui direitos como qualquer outro.
Já Netto, que também é pós-doutor em Neurociência, avalia que a questão é mais profunda, envolvendo aspectos como o surgimento da consciência. “Quando a morte cerebral é diagnosticada em um paciente, a família pode iniciar o processo de doação dos demais órgãos que continuam funcionando.” Contudo, o professor argumenta que a pessoa nesse estado, assim como um embrião humano, não têm consciência.
O professor lembrou que, atualmente, pouco se sabe sobre células-tronco e, há 30 anos, nem se sabia que elas existiam. “É impossível prever o que vamos descobrir sobre elas nos próximos 10 anos. A ciência é uma aventura inacabada”
As discussões da mesa-redonda concluíram que ainda não existe uma saída, tanto do ponto de vista da ética como do ponto de vista legal. Realizar experiências científicas com embriões humanos é um avanço que pode resultar na descoberta da cura de patologias que permanecem até hoje sem solução. Ao mesmo tempo, deve ter claro certos limites, sob o risco de ameaçar o direito à vida, primordial de qualquer ser humano.
Fonte: SBPC

19 julho 2006

Bush veta autorização para pesquisa com células-tronco

Tanto a Câmara como o Senado dos EUA desafiaram Bush ao aprovar a autorização

WASHINGTON - O presidente dos EUA, George W. Bush, emitiu o primeiro veto de sua administração, derrubando uma lei que autorizaria o uso de verbas federais em pesquisas com células-tronco embrionárias. Bush é contra esse tipo de pesquisa por razões pessoais, já que a obtenção das células resulta na destruição de um embrião.
O presidente assinou o veto sem fotos ou outro tipo de cerimônia especial, porque "não considera apropriado", de acordo com o porta-voz Tony Snow. O presidente pretende, no entanto, pronunciar-se mais tarde sobre a questão, cercado por 18 famílias que "adotaram" embriões congelados, descartados por outros casais, e os usaram para ter filhos.
Tanto a Câmara como o Senado dos EUA desafiaram Bush ao aprovar a autorização de financiamento, mas é improvável que as duas Casa obtenham, agora, o número de votos necessário para derrubar o veto presidencial.
Células-tronco têm o potencial de se converter em qualquer tipo de tecido do corpo humano, o que abre caminho para o desenvolvimento de terapias contra várias doenças degenerativas e, até mesmo, para a recuperação de pessoas com graves lesões da medula espinhal. Embora existam outras fontes dessas células, as embrionárias são consideradas as mais promissoras para o estudo científico e as possíveis futuras terapias.
Fonte: Estadão

La intervención social y psicológica es fundamental para mejorar la calidad de vida de los pacientes neurológicos

• Se publica el libro “Calidad de Vida en Neurología”, patrocinado por Novartis, una guía de consulta para clínicos interesados en aplicar medidas de Calidad de Vida Relacionadas con la Salud (CRVS) a sus pacientes neurológicos.
•“El bienestar físico de las personas con enfermedades neurológicas sólo puede mejorarse actuando sobre la discapacidad, el dolor o la depresión que provocan”, asegura Pablo Martín, coordinador de la obra.
• La obra es fruto de la colaboración entre la Red de Investigación en Enfermedades Neurológicas (CIEN), la de Resultados en Salud y Servicios Sanitarios (IRYSS) y la Sección de Neurología del Centro Nacional de Epidemiología.

Madrid, 29 de Junio de 2006 — El manejo de las enfermedades neurológicas debe contemplar la intervención social y psicólogica, además de la médica, para mejorar o, al menos, mantener la calidad de vida de los pacientes. Así lo asegura Pablo Martínez Martín, Jefe del Servicio de Neuroepidemiología del Centro Nacional de Epidemiología y coordinador del libro “Calidad de vida en Neurología” , un manual de consulta para neurólogos que acaba de ser publicado con el patrocinio de Novartis Neuroscience.
A su juicio, la Calidad de Vida Relacionada con la Salud (CVRS) en las personas que padecen enfermedades neurológicas sólo puede garantizarse “mejorando los determinantes de la CVRS más deteriorados, como la discapacidad, la incomunicación, el dolor, la depresión o la estigmatización”. Y es que la pérdida de la calidad de vida en estas patologías es tan importante que “muchas de las dimensiones de la CVRS están más dañadas en las personas con demencia que en los pacientes oncológicos, y en los que sufren jaquecas que en los diabéticos”.
Por eso, en opinión de este experto, es necesario que todos los profesionales sanitarios conozcan cuáles son los determinantes —clínicos, psicológicos y sociales— de la calidad de vida en cada una de las enfermedades neurológicas. Éste es precisamente el objetivo que persigue este libro: “Orientar y mostrar lo que puede dar de sí la aplicación de las medidas de CVRS en la práctica clínica diaria, al tiempo que sirva como una referencia práctica y como un estímulo para que otros continúen laborando en el campo de la calidad de vida, profundizando en su conocimiento y trasladando al paciente sus resultados”, explica el doctor Martínez Martín.
Controlar los síntomas
La obra, concebida como una guía de aplicación práctica para aquellos clínicos interesados en la CVRS y especialistas en Neurología, es fruto de la colaboración entre la Red de Investigación en Enfermedades Neurológicas (CIEN), la de Resultados en Salud y Servicios Sanitarios (IRYSS) y la Sección de Neurología del Centro Nacional de Epidemiología.
La primera parte del libro —que incluye las aportaciones de miembros de la de la Red IRYSS y de otros expertos de reconocido prestigio en el área de la calidad de vida de los pacientes— aborda cuestiones conceptuales y metodológicas de la CVRS, como la definición de calidad de vida; los criterios utilizados para medir este parámetro; los tipos y las caraterísticas de las medidas de CVRS; algunos métodos estadísticos; los determinantes más importantes de la calidad de vida y la aplicación de estos criterios en la política sociosanitaria.
“Las definiciones y las medidas de la calidad de vida, que recogen estos primeros capítulos del libro, giran alrededor de los tres ejes básicos del concepto de Salud que ofrece la Organización Mundial de la Salud (OMS), y que se define como un estado de completo bienestar físico, mental y social, y no simplemente la asusencia de la enfermedad”, señala el Jefe del Servicio de Neuroepidemiología del Centro Nacional de Epidemiología.
La segunda parte de la obra ha sido redactada por algunos de los neurólogos más importantes del país, que revisan los estudios sobre la calidad de vida y la discapacidad en las enfermedades neurológicas: cefaleas, esclerosis múltiple, enfermedad de Parkinson, esclerosis lateral amiotrófica, ictus, demencias, epilepsias y alteraciones del sueño.
Según Pablo Martínez, esta guía ofrece respuesta a una demanda tradicional que existía en la práctica de la Neurología Clínica: más formación e información en Calidad de Vida Relacionada con la Salud de los pacientes neurológicos. “Como clínico, a mí me hubiera gustado tener a mano una guía como ésta para orientarme y evitarme dudas y errores; una guía que recogiese los instrumentos de medida de la CVRS y los ponga a disposición de la práctica clínica de los Neurología”, añade el coordinador del libro. Y esta labor de enlace entre metodología y práctica, “tan necesaria y tan demandada en la actualidad”, es la que pretende reflejar “Calidad de Vida en Neurología”.
Este comunicado contiene ciertas informaciones anticipadas sobre el futuro, concernientes al negocio de la Compañía. Hay factores que podrían modificar los resultados actuales.
Acerca de Novartis
Novartis AG (NYSE: NVS) es líder mundial en investigación, desarrollo, producción y distribución de fármacos, y su principal objetivo es proteger y mejorar la salud y el bienestar de los pacientes. Novartis es la única compañía que ha logrado una posición de liderazgo a escala mundial en productos farmacéuticos patentados y genéricos, reforzando una cartera de medicamentos que incluye fármacos innovadores con receta, medicamentos genéricos de alta calidad y marcas líderes sin receta médica (OTC). En 2005 el Grupo logró una cifra de ventas de 32.200 millones de dólares y un beneficio neto de 6.100 millones. Aproximadamente 4.800 millones de dólares se invirtieron en I+D. Con sede central en Basilea, Suiza, las compañías del Grupo Novartis cuentan con una plantilla aproximada de 96.000 personas y están presentes en más de 140 países en todo el mundo. Para más información, pueden visitarse las webs y .
Fonte: Acceso.com

18 julho 2006

Biomarkers Study Seeks ALS Patients and Other Volunteers

Os cientistas financiados pela associação de ALS estão procurando os biomarkers que fornecerão um diagnóstico mais adiantado de ALS e o ajudarão em projetar experimentações clínicas decisive de drogas novas. Os voluntários para doar amostras do sangue e do líquido spinal são procurados agora contribuir a uma compreensão melhor dos sinais no corpo que poderiam dizer que uma pessoa está desenvolvendo ALS e que as mudanças naqueles sinais puderam ser usadas seguir a condição para umas experimentações clínicas mais exatas de tratamentos prometedores. Biomarkers é aquelas moléculas ou estruturas no corpo que pode definir uma condição particular. Biomarkers que estão atual somente no estado da doença, ou que muda apreciàvel com a doença, seria uma assinatura química que os clínicos poderiam ler dentro uma amostra do sangue ou outros obtivessem fàcilmente o líquido de corpo, tal como aquele que banha o cabo spinal e o cérebro, chamado o líquido cerebrospinal (CSF). Um esforço do consortium, uns investigadores principais alistando-se e umas companhias do biotech, são acoplados na busca para biomarkers de confiança de ALS. Como parte deste esforço, os investigadores no hospital geral de Massachusetts e a universidade de Pittsburgh estão procurando atualmente indivíduos com ALS esporádico, ALS familial, doença superior do neurônio do motor, uma doença mais baixa do neurônio do motor, neuropathy periférico, e os indivíduos saudáveis para a participação em uma coleção do espécime estudam, conduzido por Mérito E. Cudkowicz, M.D. e Robert Bowser, Ph.D. A finalidade do estudo da pesquisa é comparar marcadores biológicos no sangue e o líquido spinal dos assuntos com e sem o Sclerosis de lateral de Amyotrophic (ALS). Os investigators estão procurando diferenças entre os espécimes dos assuntos com ALS, em comparação aos espécimes dos povos com outros disorders neurological including a doença superior pura do neurônio do motor, a doença mais baixa pura do neurônio do motor e o neuropathy periférico. Compararão também tais amostras do paciente àquelas dos controles saudáveis. Os Participants devem ser pelo menos 20 anos de idade e serão perguntados breves sobre seus história médica passada e atual, história da família e medications atuais. Os Participants devem viajam ao hospital geral de Massachusetts ou à universidade de Pittsburgh para o estudo da pesquisa. Os investigadores arranjarão nomeações na conveniência do participant do estudo. Embora não haja nenhum benefício direto para participants do estudo, os investigadores esperam que este estudo produza a informação e os dados que finalmente poderiam oferecer o benefício aos pacientes com ALS. Todos os participants serão reembolsados $100.00 para sua participação. Se interessado, contatar por favor um dos seguintes indivíduos

Andrew Caraganis
Clinical Research Coordinator
Neurology Clinical Trials Unit
Massachussets General Hospital-East
CNY 149, 13th Street, Room 2274
Charlestown, MA 02129
Phone: (617) 726-5059
E-mail:
acaraganis@partners.org

Danielle Rowlands, RN, BSN
Clinical Research Coordinator
Department of Neurology
University of Pittsburgh
BST-Room S514
203 Lothrop Street
Pittsburgh, PA 15213
Phone: 412-648-9053
E-mail: doerflerd@upmc.edu

Fonte: http://www.alsa.org/news/article.cfm?id=990
Tradução: http://translate.google.com/translate_t



17 julho 2006

Senado dos EUA inicia hoje debate sobre o uso de células-tronco

O Senado dos Estados Unidos inicia hoje um debate sobre projeto de lei que encoraja a pesquisa com células-tronco.
Essa medida pode acarretar o primeiro veto do presidente George W. Bush, que tem ressalvas quanto a esse tipo de estudo por questões morais.
Pesquisas apontam que 70% dos cidadãos norte-americanos apóiam a medida, que garantiria verba pública para os cientistas envolvidos nas pesquisas com células-tronco.
Especialistas acreditam que estudos como estes podem transformar a medicina, permitindo que, algum dia, pesquisadores possam regenerar tecidos danificados ou mortos.
Mas não há acordo entre os membros do Senado sobre qual o melhor tipo de célula tronco a ser utilizada nas pesquisas e ainda se não seria anti-ético fazer experimentações no tipo de célula retirada de embriões humanos.
Fonte: Folha de S.Paulo

16 julho 2006

Atriz cria cadastro online de deficientes

A atriz Isabel Fillardis está criando um cadastro nacional de pessoas com deficiências físicas e mentais no site www.aforcadobem.org.br. O objetivo é ter dados precisos para melhorar as condições de vida deles, reivindicar políticas públicas e criar uma rede de solidariedade. "Até o número de deficientes é incerto. A OMS diz que são 16 milhões no Brasil, mas o Censo 2000 contou 24 milhões", diz ela. "Fazer a informação circular é tão importante quanto fornecer tratamento." Jamal, seu filho mais novo, de 3 anos, sofre da síndrome de West, uma doença degenerativa.
Fonte: O Estado S.Paulo

14 julho 2006

Sensor eletrônico permite que cérebro controle movimentos

Um sensor implantado no cérebro de um homem paralítico permitiu que ele controlasse objetos apenas com o poder da mente, segundo um estudo publicado na revista Nature. A experiência permitiu que o Matthew Nagle, que não tem nenhum movimento abaixo do pescoço, abrisse e-mails, jogasse jogos de computador e mexesse os dedos de uma mão protética, apenas usando o pensamento.A equipe americana por trás do sensor espera que a tecnologia possa, um dia, ser incorporada ao corpo para restaurar o movimento de membros paralisados. Nagle, que tinha 25 anos quando foi feita a experiência, ficou paralisado do pescoço para baixo depois de ser atacado a facadas em 2001. Ele foi o primeiro paciente a testar o sensor, que mede 4 mm x 4 mm x 1mm de altura.
Prótese neuromotora
Os cientistas implantaram o aparelho - chamado protése neuromotora (NMP, na sigla em inglês) - em uma área do cérebro conhecida como o córtex motor, responsável pelos movimentos voluntários. O NMP é formado por um sensor interno que detecta as atividades das células do cérebro e por um processador externo, que converte essa atividade em sinais que podem ser reconhecidos por um computador.
Apesar de a espinha dorsal do paciente ter estado danificada por três anos à época da experiência, os cientistas descobriram que a atividade das células cerebrais persistia no córtex motor do paciente. Os eletrodos do NMP conseguiram registrar essa atividade e enviá-la para um computador. O computador então "traduziu" esses sinais em comandos de movimentos que o levaram a controlar os membros artificiais.
Independência
Nagle disse que o sensor devolveu parte de sua independência permitindo que ele realizasse uma série de "movimentos"- como apagar e acender as luzes, por exemplo - que, normalmente, teriam que ser feitos por outra pessoa. "Eu não consigo descrever a sensação", disse ele à BBC.
O chefe da pesquisa, o neurologista Leigh Hochberg, do Hospital Geral de Massachussets, disse que "um dos resultados mais animadores desta experiência é que (ela mostrou que) esta parte do cérebro, o córtex motor, ainda pode ser ativado voluntariamente por este paciente com danos na espinha dorsal".
"O fato de que a atividade ainda existe, apesar do dano ocorrido há vários anos, é muito encorajador para nossa habilidade potencial de usar esses sinais para controlar um aparelho externo."
Segundo o co-autor do artigo, John Donogue, diretor do programa de ciência do cérebro da Brown University e principal cientista da Cybernetics, a empresa que criou o sensor, "os resultados trazem a promessa de que um dia poderemos ativar os músculos dos membros com esses sinais do cérebro, efetivamente restaurando o controle cerebral do músculo através de um sistema nervoso físico".
O sensor, no entanto, também foi testado em um paciente mais velho, de 55 anos de idade, mas a equipe de cientistas disse que, por razões técnicas, ele não conseguiu registrar as atividades do cérebro.
Alguns cientistas alertaram que, apesar do resultado positivo da experiência com Nagle, ainda há problemas a serem resolvidos, antes que o sensor seja colocado em uso regular, como o risco de infecções, a longevidade do aparelho e os métodos de transferência de dados.

13 julho 2006

Triplica queixa de erro de diagnóstico

De 2000 a 2005, denúncias de equívoco médico subiram de 45 para 128 em SP; só 10% viraram processo ético.
O número de denúncias de erro de diagnóstico feitas ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) triplicou desde 2000. O órgão recebeu 45 queixas em 2000. Dois anos depois, o número quase dobrou, chegando aos 89 casos. Em 2005, chegou a um recorde, 128 denúncias. Nos seis primeiros meses deste ano, já foram 61. Desde 2000, o total de queixas chegou a 608.
Desses casos, 10% se transformaram em processos de ética profissional contra os médicos envolvidos, resultando em 16 condenações. As penas aplicadas pelo Cremesp vão desde a advertência confidencial até a censura aberta - publicada pelo Diário Oficial do Estado.
O presidente do Cremesp, Desiré Calligari, atribui o aumento das denúncias ao crescimento da população e do número de médicos. "Há também um aumento de conscientização entre as pessoas (que fazem mais denúncias)", diz.
Para ele, o número crescente de faculdades de Medicina contribui para o crescimento dessa estatística. Hoje o Estado de São Paulo tem 29 faculdades autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC). "Apenas 60% dos formados conseguem entrar em uma residência médica no Estado e 50% dos hospitais universitários têm carências de ensino", alerta.
Entre as especialidades médicas, a ortopedia é a campeã de denúncias, seguida pela pediatria e oftalmologia. O presidente do Cremesp, no entanto, ressalta que essas são as áreas de maior procura e com maior número de médicos. O Cremesp não soube informar a proporção entre demanda por atendimento e profissionais atuantes nessas três especialidades com mais problemas.
Os erros de diagnóstico, ao lado dos erros de medicação e procedimento com os pacientes internados, são um reflexo da formação deficiente dos médicos brasileiros. Essa é a opinião de Rubens Carmo Costa Filho, médico-chefe da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Pró-Cardíaco, no Rio. "A falta de investimentos na educação traz resultados claros. Na saúde isso tem repercussão no atendimento à população."

ERRO QUASE IRREVERSÍVEL
"Vou morrer sem ver minha filha falar." Foi isso que Luis Carlos de Lima, de 45 anos, disse para sua mulher, em outubro de 2001, quando seu médico disse que ele tinha esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença neurológica degenerativa irreversível. Os sintomas começaram em janeiro e, em menos de um ano, ele perdeu quase 20 quilos, não conseguia mais caminhar sozinho nem se alimentar. "Pedi para refazer os exames, mas meu médico não aceitou."
A situação se arrastou até meados de 2002, quando recorreu a um neurologista em Belo Horizonte. Analisando os mesmos exames que levaram ao diagnóstico de ELA, o especialista identificou uma poliradiculoneurite axonal motora crônica (PRN), doença neurológica que pode ser fatal, porém tratável.Após seis dias de tratamento com corticóides, no Hospital das Clínicas, Lima já conseguia levantar da cama sozinho e teve alta. "Se não tivesse ido a outros médicos hoje estaria morto", diz.

SUPERESPECIALIZAÇÃO
O professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e clínico-geral Paulo Olzon sentiu o problema em sua família. Há dois anos, sua mãe, Otilia Olzon, de 85 anos, começou a apresentar sinais de senilidade. O diagnóstico: mal de Alzheimer.
A família procurou outro médico. Desconfiava que Otília tivesse hipotireoidismo, pois também apresentava sintomas da doença, como desorientação e inchaço nos membros. Nos exames, nada foi verificado. Apenas o terceiro especialista procurado confirmou o hipotireoidismo.
"Isso ocorre em função da superespecialização dos médicos", diz Olzon. Para ele, a especialização cada vez mais precoce atrapalha a correta interpretação dos sintomas. "Tudo o que for diferente da especialidade, eles não vão conseguir investigar."
Quando a pressão do trabalho começou a aumentar, a advogada carioca Daniela de Queiroz Oliveira, de 35 anos, passou a sentir taquicardia, dificuldade para respirar e angústia. Os sintomas a levaram a um cardiologista. Como os exames estavam normais, o médico diagnosticou síndrome do pânico e prescreveu um ansiolítico, medicamento para reduzir a ansiedade. "Passei a ter medo de tudo, inseguranças que não tinha."
Depois de ir a três médicos que lhe receitaram três ansiolíticos sem resultado, ela procurou um especialista em arritmia. O estudo eletrofisiológico, exame realizado com a inserção de um cateter na virilha do paciente até o coração, detectou uma veia anormal, que foi cauterizada. Resolvido o problema, Daniela teve de procurar um psiquiatra - não conseguia mais abandonar o ansiolítico.
Fonte: O Estado S.Paulo

La insuficiencia respiratoria, uno de los síntomas de la ELA

Cada año se detectan en España 900 nuevos casos de esclerosis lateral amiotrófica.
La esclerosis lateral amiotrófica (ELA) es una enfermedad degenerativa de origen desconocido que provoca una debilidad progresiva del músculo, dando como resultado una parálisis. En el 90% de los casos, la dolencia se presenta de manera aleatoria o esporádica, sin que se conozcan las causas ni haya antecedentes familiares. El otro 10% de los casos es de origen hereditario; así, si los padres sufren ELA, los hijos tienen un 50% de posibilidades de heredar el gen defectuoso, pero ésto no quiere decir que vayan a desarrollar la enfermedad.
Según las estadísticas, en España hay 4.000 personas con ELA y cada año se detectan 900 nuevos casos. La edad media de aparición de esta patología son los 55 años, y el 80% de las veces la dolencia se manifiesta entre los 40 y los 70 años.

La insuficiencia respiratoria, principal causa de muerte

La insuficiencia respiratoria en estos pacientes puede aparecer por una debilidad de los músculos del sistema respiratorio, que provoca hiperventilación alveolar e insuficiencia respiratoria, y también por la afección de la musculatura bulbar (del bulbo raquídeo del tronco del encéfalo), que favorece las alteraciones deglutorias con la posibilidad de aspiraciones e infecciones pulmonares con sepsis e insuficiencia respiratoria secundarias. No en vano, la mayoría de pacientes de ELA muere por un fallo en el aparato respiratorio, aunque, a menudo, estas limitaciones aparecen en un estado avanzado de la enfermedad.
Una de las principales controversias planteadas en la 24 Diada Pneumológica, organizada por la Societat Catalana de Pneumologia (SOCAP) y llevada a cabo recientemente en Granollers (Barcelona), fue la eficacia o no de someter a estos enfermos a ventilación mecánica domiciliaria (VMD); además, se analizaron las cuestiones éticas de esta decisión. Cabe destacar que, desde hace años, la VMD se realiza de manera no invasiva, a través de mascarillas nasales (interfases), con el objetivo de evitar el acceso endotraqueal. Como asegura Eva Farrero, médico adjunto del Servicio de Neumología del Hospital Universitario de Bellvitge (L'Hospitalet de Llobregat) y miembro de la SOCAP, «a pesar de que las técnicas de ventilación invasivas alarguen la vida del paciente, inciden negativamente sobre su calidad de vida, mientras que la terapia con ventilación no invasiva (VNI) mejora ambas variables». En esta línea, los resultados de un estudio llevado a cabo por un equipo de profesionales británicos y publicado a principios de año en la revista científica 'Lancet Neurology' confirma esta hipótesis. «En los pacientes con ELA, pero sin disfunciones bulbares -explican estos expertos-, las técnicas no invasivas mejoran la supervivencia y la calidad de vida de los enfermos. No obstante, en pacientes con graves problemas bulbares no se ha podido comprobar un incremento de la calidad de vida -aunque mejoren los síntomas relacionados con la calidad del sueño- y no está claro que se alargue la vida del enfermo».
Eva Farrero, ponente en esta 24 Diada Pneumológica, afirma que en trabajos realizados desde la unidad de VMD del Hospital Universitario de Bellvitge (publicados en la revista 'Chest' en el año 2005), se ha llegado a las mismas conclusiones, con lo que podemos interpretar que «los enfermos con afección bulbar tienen pocas posibilidades de tratamiento desde el punto de vista respiratorio».

Creación de equipos multidisciplinares

De todas formas, la mesa redonda 'Enfermería y fisioterapia respiratoria en el paciente con ELA', celebrada en el congreso anual de la neumología catalana, fue más allá de los problemas respiratorios que presenta esta patología. En este sentido, Manuel Luján, médico adjunto del Servicio de Neumología de la Corporación Sanitaria Parc Taulí de Sabadell (Barcelona), defendió la necesidad de crear equipos multidisciplinares para tratar a los enfermos de ELA, ya que ha quedado demostrada su eficacia en «la mejora de la supervivencia y de la calidad de vida de los pacientes al tratar de forma integral todos los síntomas de la enfermedad».

Fonte: http://servicios.eldiariomontanes.es/pg060701/prensa/noticias/Sociedad/200607/01/DMO-TEL-134.html

12 julho 2006

Supremo decidirá

STF decidirá destino das pesquisas com células-tronco e transgênicos
De volta do recesso forense o Supremo Tribunal Federal tem a missão de enfrentar um assunto transcendental: em que momento começa a vida de um ser humano? Carregada de conotações científicas, morais e religiosas a questão está no cerne da Ação Direta de Inconstitucionalidade que questiona o dispositivo da Lei de Biossegurança (Lei 11.105/05) no que diz respeito a pesquisas com células-tronco. Outra ação questiona a mesma lei no referente aos transgênicos.
As duas ações (ADI 3.510 e 3.526) foram propostas pelo ex-procurador-geral da República, Claudio Fonteles. Na primeira, proposta em maio de 2005, Fonteles questionava o artigo 5º da lei que libera o uso de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização invitro, para fins de pesquisa e terapia. Fonteles argumentava que a vida começa na fecundação e, por isso, a destruição de um embrião humano vai contra o artigo 5º da Constituição, que garante a todos o direito à vida. O relator da ação no Supremo é o ministro Carlos Ayres Britto.
Já na segunda ação, o ex-procurador-geral da República contestava mais de 20 dispositivos da lei que estabelecem normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados, os OGMs, e seus derivados. A ação, que tramita no Supremo desde junho de 2005, está com vista ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza. O relator da ação é o ministro Celso de Mello.
Progresso científico
A pesquisa com células-tronco embrionárias divide opiniões e levanta clamores basicamente em duas correntes. Aquela que, como o ex-procurador-geral da República, acredita que a permissão da pesquisa ofende o direito a vida, e outra, que defende que o impedimento da pesquisas seria um retrocesso científico a favor da própria vida.
A advogada e bióloga Maria Artemísia Arraes Hermans faz parte da segunda corrente.
Professora catedrática de biologia aposentada da Universidade Federal do Ceará, Maria Artemísia acredita que se o Supremo acatar a ADI que contesta as pesquisas fará uma viagem contra o tempo e todo o progresso científico em andamento em todos as nações do mundo.
A especialista rebate as convicções de Claudio Fonteles, autor da ADI. "A Lei de Biossegurança, em seu artigo 5º ressalva claramente que a pesquisa e terapia com a utilização de células-tronco embrionárias só é permitida se os embriões forem inviáveis. Embrião enviável não tem vida. Vai ser utilizado como material de pesquisa para salvar outras vidas, paralisar processos degenerativos e uma serie de outros avanços. Não há nada contra a vida, nem a ética, pelo contrário", afirma.
Na história da humanidade, aponta a professora, sempre que apareceu uma nova tecnologia nunca foi acatada de pronto. "O Supremo sempre pede opinião e deverá ouvir especialistas antes de se posicionar. Eu acredito na competência jurídica dos ministros do Supremo. A inconstitucionalidade da norma está na interpretação hermenêutica do procurador e não na letra da lei em si", observa Maria Artemísia.
O advogado Erickson Gavazza Marques, especialista em biodireito do escritório Demarest e Almeida Advogados, expõe os motivos pelos quais está convicto de que não há nenhuma inconstitucionalidade no artigo 5º da Lei de Biossegurança.
Seu primeiro argumento, o mesmo de Maria Artemísia, é de que os embriões utilizados na pesquisa são inviáveis e, portanto, impróprios na reutilização em processo de fertilização assistida. "Estes embriões nunca poderiam se tornar seres humanos", afirma.
O advogado argumenta também que na legislação de transplante de órgãos considera-se morto, para efeito de extração de órgãos, quando não for mais detectado nenhuma atividade no cérebro como, por exemplo, metabólica e elétrica. "Aplicando-se por analogia os preceitos da lei de transplantes, nós podemos concluir que o embrião, enquanto não tiver atividade cerebral, pode não ser considerado pessoa e, portanto, pode ser passível de experimentos científicos", explica o especialista.
Marques afirma, ainda, que a legislação constitucional não diz o que é vida. E as normas infraconstitucionais - Novo Código Civil - da mesma forma também não definem conceito de vida. "Elas apenas determinam as conseqüências do nascimento com vida. Sendo que em algumas situações elas fazem retroagir essas conseqüências ao período que sucede concepção".
Segundo Marques, do ponto de vista cientifico, não há unanimidade quanto ao momento em que surge o ser humano. "Há mais de 17 critérios que vão desde o momento da concepção até o da formação de alguns órgãos que identificariam o ser humano", afirma.
Para o advogado, se o Supremo rejeitar a ADI estará ratificando e convalidando o disposto no artigo 5º da Lei de Biossegurança que autoriza as pesquisas. Ele acredita também no efeito psicológico que uma decisão favorável venha ter no meio científico. "Por conta dessa ADI houve uma moratória de fato quanto a este tipo de pesquisa. Isso porque várias agências de fomento encarregadas de financiar pesquisas com células-tronco vem privilegiando o financiamento de pesquisas com células-troco adultas em detrimento dos estudos com células-troco embrionárias".
A diferença entre os dois tipos de célula, explica Marques é que as adultas não tem a mesma flexibilidade e elasticidade que as embrionárias. "As adultas tem tendência a formar apenas alguns tipos de tecido. Já as embrionárias tem grande flexibilidade e elasticidade podendo formar mais de 200 tipos de tecidos diferentes inclusive, tecido neurológico".
Competência de fazer
A grande questão disposta na ADI 3.526, que contesta os dispositivos que estabelecem normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos transgênicos, é a competência atribuída à CTNBio - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança.
Pela Lei de cabe à comissão "deliberar, em última e definitiva instância, sobre os casos em que a atividade é potencial ou efetivamente causadora de degradação ambiental, bem como sobre a necessidade do licenciamento ambiental". Ou seja, confere a competência pela análise de risco a CTNBio, que é um órgão federal.
Para Fonteles, tal atribuição fere o artigo 23 da Constituição, segundo o qual é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas.
O ex-procurador-geral argumentava também que a lei quebra o Sisnama - Sistema Nacional do Meio Ambiente e o processo de licenciamento ambiental, já que a dispensa do Estudo Prévio de Impacto Ambiental fica a cargo de um órgão da administração federal, a CTNBio, que não integra o Sisnama.
"Não há problema algum nisso, mesmo porque, não se pode estabelecer o mesmo nível de competência para estados e municípios sob pena de haver decisões conflitantes. O que se permite, naquilo que for específico, é que o estado e município legislem desde que não conflitem com norma federal", argumenta o advogado Erickson Marques.
De acordo com Marques, a CTNBio pode exigir ou deixar de exigir o estudo de impacto ambiental primeiro, porque a Lei 11.105/05 permite. Segundo ele, a lei é constitucional porque não fere a competência dos estados e municípios e está de acordo com o que determina o artigo 225, parágrafo 1º, inciso 4º da Constituição que determina ser da competência dos poderes públicos a faculdade de exigir ou não a realização de estudo prévio de impacto ambiental para as atividades tidas como potencialmente degradadoras do meio ambiente.
Amicus Curiae
Desde que chegaram ao Supremo as duas ADIs já receberam inúmeros pedidos de amicus curiae. Na ação que trata de pesquisas com células-tronco participam as ONGs Movitae - Movimento em Prol da Vida e Conectas Direitos Humanos, ambas autorizadas pelo relator, Carlos Britto. Já na ADI que trata dos transgênicos participam como amicus curiae a Anbio -Associação Nacional de Biossegurança, a ANPA - Associação Nacional de Pequenos Agricultores, o IDEC - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor e a organização internacional de defesa ambiental Greenpeace.
Fonte: Revista Consultor Jurídico.

11 julho 2006

The ALS Association Funds Project to Create and Characterize ALS Motor Neurons

Julho 7, 2006 Roberta Friedman, Ph.D., coordenador da informação do departamento da pesquisa, a associação de ALS A associação de ALS anunciou-a hoje está financiando um projeto conduzido pelo investigador Tom Maniatis de Harvard, Ph.D., para estabelecer os neurônios do motor que vivem nos pratos do laboratório que poderiam refletir o que vai erradamente na doença de Lou Gehrig. Os estudos comparariam as propriedades elétricas e químicas dos neurônios do motor derivados das pilhas de haste do rato como um prelude à possibilidade de trabalho similar nas pilhas humanas que refletem o genetics de pacientes de ALS. Este último aspecto envolveria um processo chamado transferência nuclear. O esforço inicial nos ratos visa a condição degenerative, ALS (sclerosis de lateral amyotrophic, sabido também como a doença de Lou Gehrig para o ballplayer famoso que morreu dela em 1941). Os neurônios do motor que crescem no laboratório com as instruções genetic das pilhas obtidas dos ratos ou dos seres humanos de ALS puderam mostrar o processo da doença mais exatamente do que todo o outro modelo do disorder disponível hoje. Os neurônios do motor são as pilhas que alcançam do cabo spinal aos músculos e são as pilhas que morrem na doença. As primeiras etapas seriam estudar pilhas de haste do rato com e sem o mutation que produz alguns formulários herdados de ALS. As pilhas de haste seriam alertadas no prato do laboratório em que estão vindo aos neurônios do motor do formulário. Para as pilhas derivadas dos ratos do mutant, os neurônios do motor teriam a mudança genetic que produz a morte dos neurônios do motor nos ratos e alguns povos com ALS. Uma pressão principal do projeto é estudar inteiramente o comportamento elétrico e químico de tais neurônios do motor como dão forma a conexões nos pratos do laboratório, que puderam diferir em ALS. Os elétrodos minuciosos podem mostrar os impulsos gerados por uma única pilha. A análise química pode determinar o contrapeso das moléculas do mensageiro da pilha do nervo que são ativas ou overactive. Microarrays é as microplaquetas do gene que examinam que genes são girados sobre dentro de uma pilha. Com estas técnicas, os investigadores vêem todas as diferenças nos comportamentos das pilhas que poderiam mostrar como ALS se levanta e se progride. A concessão é parte do programa da concessão que a associação de ALS se usa recrutar e reter os peritos que focalizarão em encontrar terapias eficazes para a doença. A associação de ALS é satisfeita suporta a proposta por Maniatis, cadeira da placa consultiva científica para os projetos de pesquisa iniciados pela associação de ALS. Tem com esta contribuição ajudada progresso notável como um rato transgenic como um modelo para a doença. Maniatis está servindo atualmente na descoberta da droga e o comitê de steering do desenvolvimento para O DELEITE novo ALS da iniciativa da associação (terapia avançando da pesquisa Translational para ALS), um programa acelera a entrada de terapias prometedoras do candidato em experimentações clínicas. Marcando sua própria entrada na pesquisa direta para um tratamento para ALS, Maniatis collaborate com diversos grupos no forefront da biologia nuclear de transferência e da pilha de haste que participam no programa anunciado recentemente pelo instituto da pilha de haste de Harvard. A associação de ALS está financiando Maniatis e seus colaboradores para projeto particular um ALS visado que caia sob o guarda-chuva da pesquisa de planeamento por membros do instituto. O projeto da associação de ALS traz junto a perícia coletiva em colocar núcleos das pilhas do adulto em pilhas doadas do ovo e em estabelecer pilhas de haste, as well as os neurônios derivados do motor. Colaboradores including os grupos de Thomas Jessel, Ph.D., da universidade de Colômbia em New York, e em Kevin Eggan, Ph.D., em Harvard. As equipes trabalharão com os neurônios do motor gerados das pilhas de haste dos ratos com assim que - o mutation SOD1 chamado. Estes ratos expressam uma mudança no gene para a proteína, dismutase do superoxide do cobre-zinco, um mutation atual em algum do ALS que funciona nas famílias. Este modelo do rato da doença forneceu uma primeira etapa para a compreensão do processo da doença mas não rendeu ainda uma solução therapeutic. Um modelo mais exato e mais detalhado do laboratório da doença pôde ensamblar com estudos nos ratos SOD1 para revelar um alvo therapeutic preciso para ALS
Fonte: http://www.rideforlife.com/news/als_research/the_als_association_funds_project_to_create_and_characterize_als.html
Tradução: http://translate.google.com/translate_t

10 julho 2006

Paciência

Dizem que a paciência é a mãe das virtudes e deve ser mesmo, pois para quem a tem, a vida parece ser bem mais fácil e tranquila. Pessoas pacientes compreendem mais, toleram mais, aceitam mais, tem melhor discernimento, são calmas e agem com muito mais ponderação. Por isso mesmo podem ajudar mais no processo de harmonização de seu ambiente.
Ser paciente acaba sendo uma escolha bastante inteligente, que economiza energia. Reagir a tudo traz muita fadiga e não nos leva a nada. Em nome de nosso próprio bem estar, podemos praticar a paciência diariamente, pois oportunidades não nos faltarão. Mas, meu querido, minha querida, fácil não é. È o mesmo que dominar o touro bravo. Mas, se tivermos convicção que é o melhor, nossa vontade se encarregará do resto. O que vale mais que viver em paz? Se você for iniciar essa aventura, parabéns e boa sorte, pois você a terá!
Autor desconhecido

09 julho 2006

Células-tronco sem corrupção moral

Nos últimos anos muitos dos mais importantes cientistas do mundo promoveram a chamada clonagem terapêutica como o meio mais promissor de produção de células-tronco biologicamente versáteis, geneticamente sob medida e úteis clinicamente.
Essa é a razão pela qual as duas declarações de uma equipe de pesquisadores da Coréia do Sul - uma em 2004, de que o primeiro embrião humano clonado fora produzido, outra em 2005, de que o processo de produção de linhas de células-tronco embrionárias poderia se tornar rotineiro e eficiente - foram aclamadas como um marco.
O pesquisador sul-coreano Hwang Woo-suk transformou-se em celebridade internacional. Os melhores cientistas americanos viajaram para Seul para estudar suas técnicas. O próprio Hwang costumava qualificar seu trabalho como "sagrado, puro e genuíno".
Mais tarde, contudo, uma sucessão de revelações espantosas deixou claro que os dados publicados foram forjados. Aparentemente, nenhum embrião humano clonado jamais fora produzido; além disso, nenhuma célula-tronco embrionária realmente havia sido criada.
Naturalmente, algumas pessoas repudiaram a fraude sul-coreana, considerando-a trabalho de alguns maus cientistas. E citaram o caso como razão para os pesquisadores americanos criarem e destruírem embriões clonados por eles próprios.
Recentemente a Universidade Harvard aprovou a clonagem para pesquisa e alguns Estados americanos reservaram verbas públicas para os experimentos. O argumento científico é o mesmo: se você deseja células-tronco úteis, precisa criar e destruir embriões humanos clonados.
LIÇÃO ERRADA
Mas essa é exatamente a lição errada a ser extraída do escândalo ocorrido na Coréia do Sul. A clonagem sempre será moralmente corrompida porque exige deliberadamente a criação e a destruição de milhares (ou milhões) de embriões humanos.
As recentes tentativas no Congresso para se aumentar o financiamento federal para a pesquisa de células-tronco embrionárias, incluindo também os embriões não utilizados em clínicas de fertilidade, não vão satisfazer os cientistas, porque tais células-tronco não lhes darão o controle genético sobre as células, como desejam.
A verdadeira lição do escândalo é encontrar uma alternativa científica à clonagem para pesquisa que forneça as células-tronco que se deseja, sem as violações éticas que abominamos.
A fraude de Hwang envolveu a exploração de mulheres, submetidas a procedimentos perigosos e desagradáveis - primeiro uma hiperestimulação ovariana e em seguida a inserção de uma agulha nos seus ovários para se buscar os oócitos desejados - sem nenhum benefício médico para elas. Na tentativa de produzir um único embrião clonado, milhares de óvulos foram recolhidos e usados como matéria-prima.
Na Coréia do Sul, a compra e venda de óvulos era feita às escondidas. Isso nunca aconteceria nos EUA, dizem os pesquisadores. Porém, com o passar do tempo, ao invés de se questionar a clonagem para pesquisa, alguns questionarão seus limites éticos: por que não pagar as mulheres pelos seus óvulos?
Talvez a ética médica básica também seja "atualizada", para decidir que "o bem da humanidade" supera o bem dos pacientes individualmente. Já vimos para onde essa lógica amoral nos leva: abusos vergonhosos de pessoas objeto de pesquisa que seguramente ninguém deseja que aconteçam de novo.
Nesse debate sobre as células-tronco, contudo, vimos também como as regras morais rapidamente se desgastam - desde o uso de embriões "excedentes" não utilizados nas clínicas de fertilidade até a criação de embriões humanos unicamente para pesquisa, com o fim de criar (ou tentar criar) embriões clonados também unicamente para pesquisa.
E depois, qual será o próximo passo? Provavelmente propostas para uma "lavoura fetal", ou seja, a gestação de embriões humanos para estágios de desenvolvimento posteriores, quando células-tronco estabilizadas potencialmente mais úteis poderão ser obtidas e primórdios de órgãos, "colhidos".
Repetidamente, cientistas e estudiosos da ética dizem "chegamos aqui, mas não iremos mais adiante". E depois procuram ir mais adiante, em nome do "progresso".
DILEMAS INERENTES
No final, o escândalo da Coréia do Sul não significou que apenas as diretrizes específicas da pesquisa foram violadas, mas que a clonagem humana, mesmo para pesquisa, é tão problemática moralmente que os envolvidos nela sempre estarão procurando esconder seus vestígios, especialmente quando procuram atender a falsas expectativas de progressos miraculosos que eles próprios ajudaram a criar.
Como a clonagem é moralmente problemática, precisamos encontrar outro caminho. Ao invés de nos engajarmos na fraude e dissimulações, ou realizar experimentos que violam os princípios morais de muitos cidadãos, procuremos respostas na criatividade científica.
PESQUISAS EFICAZES E ÉTICAS
Desde a fraude da clonagem, muitos cientistas vão exatamente nessa direção, como Markus Grompe, da Oregon Health & Science University, e Rudolf Jaenisch, do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Outros, como Kevin Eggan, em Harvard, podem ter encontrado uma técnica chamada "fusão celular", a criação de linhas de células-tronco versáteis e geneticamente controladas, pela fusão de células-tronco existentes e o DNA comum. Cientistas japoneses anunciaram que podem ter encontrado um meio de realizar isso sem mesmo necessitar de uma linha de células-tronco já existente.
Em outras palavras, todos os benefícios da clonagem para pesquisa sem problemas éticos. Olhando à frente, fica cada vez mais provável que a reprogramação de células adultas para torná-las pluripotentes, ao invés da destruição de embriões humanos, será o futuro da medicina regenerativa. Ela nos oferece um caminho ético e eficiente.
Muito freqüentemente nesse debate, ciência e ética são encaradas como se estivessem em colisão. Não precisa ser assim. Afinal de contas, o que poderia ser mais pró-ciência do que a decisão de avançar na pesquisa das células-tronco sem recorrer a experimentos de clonagem antiéticos?
* Robert P. George é professor de jurisprudência na Universidade de Princeton e membro do Conselho Presidencial sobre Bioética
* Eric Cohen é membro do Centro de Política Pública e Ética e editor do jornal New Atlantis
Fonte O Estado S.Paulo

07 julho 2006

JÓIAS DEVOLVIDAS

Narra antiga lenda árabe, que um rabi, religioso dedicado, vivia muito feliz com sua família. Esposa admirável e dois filhos queridos.
Certa vez, por imperativos da religião, o rabi empreendeu longa viagem ausentando-se do lar por vários dias.
No período em que estava ausente, um grave acidente provocou a morte dos dois filhos amados.
A mãezinha sentiu o coração dilacerado de dor. No entanto, por ser uma mulher forte, sustentada pela fé e pela confiança em Deus, suportou o choque com bravura.
Todavia, uma preocupação lhe vinha à mente: como dar ao esposo a triste notícia?
Sabendo-o portador de insuficiência cardíaca, temia que não suportasse tamanha comoção.
Lembrou-se de fazer uma prece. Rogou a Deus auxílio para resolver a difícil questão.
Alguns dias depois, num final de tarde, o rabi retornou ao lar.
Abraçou longamente a esposa e perguntou pelos filhos...
Ela pediu para que não se preocupasse. Que tomasse o seu banho, e logo depois ela lhe falaria dos moços.
Alguns minutos depois estavam ambos sentados à mesa. Ela lhe perguntou sobre a viagem, e logo ele perguntou novamente pelos filhos.
A esposa, numa atitude um tanto embaraçada, respondeu ao marido: deixe os filhos. Primeiro quero que me ajude a resolver um problema que considero grave.
O marido, já um pouco preocupado perguntou: o que aconteceu? Notei você abatida! Fale! Resolveremos juntos, com a ajuda de Deus.
- Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-me e deixou duas jóias de valor incalculável, para que as guardasse. São jóias muito preciosas! Jamais vi algo tão belo!
- O problema é esse! Ele vem buscá-las e eu não estou disposta a devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você me diz?
- Ora mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca cultivou vaidades!... Por que isso agora?
- É que nunca havia visto jóias assim! São maravilhosas!
- Podem até ser, mas não lhe pertencem! Terá que devolvê-las.
- Mas eu não consigo aceitar a idéia de perdê-las!
E o rabi respondeu com firmeza: ninguém perde o que não possui. Retê-las equivaleria a roubo!
- Vamos devolvê-las, eu a ajudarei. Faremos isso juntos, hoje mesmo.
- Pois bem, meu querido, seja feita a sua vontade. O tesouro será devolvido.
Na verdade isso já foi feito. As jóias preciosas eram nossos filhos.
- Deus os confiou à nossa guarda, e durante a sua viagem veio buscá-los.
Eles se foram.
O rabi compreendeu a mensagem. Abraçou a esposa, e juntos derramaram grossas lágrimas. Sem revolta nem desespero.
***
Os filhos são jóias preciosas que o Criador nos confia a fim de que as ajudemos a burilar-se.
Não percamos a oportunidade de enfeitá-las de virtudes. Assim, quando tivermos que devolvê-las a Deus, que possam estar ainda mais belas e mais valiosas.
Fonte: livro "Quem tem medo da morte? Cap. Jóias devolvidas.

06 julho 2006

Gb. Nanog, scoperto il segreto delle staminali embrionali

Scoperta una proteina di origine embrionale che sembrerebbe capace di far ritornare 'bambina' una normale cellula adulta, ovvero di trasformarla in una cellula staminale pluripotente in grado cioe' di far sviluppare cellule piu' specializzate.
La notizia, resa nota dalla rivista Nature e' importante in quanto forse un giorno potrebbe aprire la strada alla produzione di cellule staminali simili a quelle dell'embrione a partire dai tessuti adulti di qualunque individuo che ne avesse bisogno a scopo medico, aggirando quindi i dilemmi etici che ruotano intorno alla ricerca sulle cellule staminali embrionali.
La proteina, scoperta nelle cellule embrionali da Austin Smith della University of Edinburgh, si chiama Nanog, e' prodotta nelle cellule dell'embrione ai primi stadi di sviluppo e si puo' considerare, dunque, uno dei segreti della pluripotenza delle staminali embrionali.
I ricercatori hanno visto che cellule embrionali con eccesso di Nanog sono particolarmente brave a trasformare cellule staminali adulte neurali in staminali pluripotenti (come le cellule embrionali). Le cellule staminali multipotenti sono oggi al centro di un acceso dibattito in quanto se la loro potenzialita' di trasformarsi virtualmente in qualsiasi cellula adulta le investe della capacita', oggi solo presunta, di essere usate un giorno per riparare organi e tessuti, sostituirsi ai trapianti e guarire malattie oggi incurabili, d'altra parte la principale fonte da cui, allo stato attuale delle conoscenze, si possono reperire sono gli embrioni.
Piuttosto che usare embrioni soprannumerari oppure creare embrioni ad hoc per prelevare staminali per la ricerca scientifica, c'e' chi sostiene sia eticamente e praticamente preferibile optare per le ricerche sulle staminali adulte, oggi reperibili in diversi tessuti come il midollo osseo ma meno versatili rispetto alle embrionali.
Eppure, se studiando le staminali pluripotenti si riuscisse a comprendere il segreto della loro flessibilita', si potrebbe sfruttare questa conoscenza per riportare allo stato di 'bambine' le cellule adulte del nostro corpo. In questo modo si avrebbe una facile fonte di staminali pluripotenti senza dover sacrificare embrioni.
Ebbene i ricercatori scozzesi hanno compiuto un passo avanti in questa direzione scoprendo che la proteina Nanog e' uno dei segreti della pluripotenza delle cellule embrionali.
Di fatto, a partire da un dato ormai acquisito da tempo, e cioe' che fondendo una cellula embrionale con una normalissima cellula adulta quest'ultima ridiventa bambina acquisendo pluripotenza, gli esperti hanno scoperto che la proteina Nanog e' responsabile di questo processo. Infatti staminali embrionali che al loro interno hanno un eccesso di questa proteina sono molto piu' efficienti nella trasformazione da cellule adulte in staminali pluripotenti.
Gli scienziati scozzesi hanno usato staminali embrionali di topo ricche di Nanog per trasformare in cellule embrionali le staminali adulte del sistema nervoso e hanno messo cosi' in evidenza l'inedito ruolo della proteina.

05 julho 2006

Células-tronco viram células de defesa

Cientistas conseguiram induzir a transformação de células-tronco embrionárias em células T, uma das principais armas de defesa do organismo contra infecções. O estudo abre a possibilidade de uso dessas células para o tratamento da aids. Elas poderiam ser diferenciadas in vitro e usadas para substituir as células T destruídas no organismo pelo HIV. A pesquisa saiu na revista científica PNAS.
Fonte: O Estado S.Paulo

04 julho 2006

Stem Cell Progress on Several Fronts Give Hope for ALS

[SUMÁRIO RÁPIDO: O progresso novo na pesquisa da pilha de haste inclui a prova do princípio que ferimento do cabo spinal pode ser reparado, as well as outros avanços importantes que poderiam trazer pilhas de haste na arena do tratamento para ALS.] A associação de ALS está caracterizando avanços na pesquisa da pilha de haste como parte do serviço de notícia do jornal deste mês. O sumário deste mês de findings publicados noteworthy marca o primeiro ano cheio deste serviço novo que o departamento da pesquisa é satisfeito para fornecer para a comunidade de ALS. Em anotar este anniversary, está satisfendo-se para ver que o progresso que muitos investigadores estão fazendo na biologia compreensiva da pilha de haste, com um olho para o projeto do tratamento eficaz para o sclerosis de lateral amyotrophic (ALS, chamado também doença de Lou Gehrig). Uma chave que encontra que a cobertura de imprensa larga conseguida era que os neurônios do motor derivados das pilhas de haste embryonic poderiam ser colocados nos cabos spinal dos ratos que tinham perdido os neurônios do motor, com os ratos que regaining a abilidade parcial de andar. Contudo diversas outras publicações no campo da pilha de haste incentivam aquelas que procuram ajudar tratar disorders do neurônio do motor. Na pesquisa financiada pela associação de ALS, Douglas Kerr, M.D., Ph.D., na universidade de Johns Hopkins, mostrou que a terapia da pilha de haste pode parcialmente restaurar a função do motor em um relatório nos Annals do Neurology em julho. Os ratos tinham sido dados uma infecção viral que matasse especificamente seus próprios neurônios do motor e em conseqüência fosse paralizada. Este não é o mesmo tipo de rato que é usado frequentemente modelar ALS, o rato com um mutation a uma proteína mudada em alguns formulários herdados de ALS, a saber, dismutase do superoxide do cobre-zinco (SOD1). Desde que o rato no relatório de Kerr perde os neurônios do motor, algumas similaridades a ALS existem. Os pontos importantes dos findings da equipe de Kerr são que os neurônios pilha-derivados haste do motor poderiam fazer conexões ao músculo após o implant. Contudo isto requereu um cocktail dos tratamentos superar a ação inhibitory das proteínas feitas pelos nervos circunvizinhos do myelin. Esta aproximação do cocktail tinha sido discutida último setembro por participants na oficina em pilhas de haste no centro de Banbury, porto frio da mola, patrocinado pela associação de ALS. Para mais informação nesta oficina, estalar aqui. As pilhas de haste Kerr usado eram dos ratos, e os ratos foram dados uma droga da anti-rejeção. Certamente, uma outra equipe de Hopkins conduziu por Vassilis Koliatsos, M.D., mostrado que os transplants da pilha de haste em ratos do mutant SOD1 sobreviveram longo-e os ratos sobreviveram longo-com a supressão imune, de acordo com o relatório em pilhas de haste. Outras rotas para a terapia da pilha de haste para ALS são completamente possíveis. O cérebro do adulto tem suas próprias lojas de pilhas de haste, e estes puderam ser alertados pisar à esquerda na ruptura pelos neurônios do motor que morrem em ALS. A pesquisa publicou na natureza por Ronald D. McKay, Ph.D., e os colegas no instituto nacional de Disorders Neurological e no curso em Bethesda, Md., mostraram que isso fornecer determinadas moléculas do sinal pode impulsionar pilhas de haste do cérebro próprias para avert os danos por um curso nos ratos. Isto dá uma sugestão de o que pôde ser realizado se a terapia poderia ser planejada para alvejar as pilhas de haste intrínsecas no corpo. Mesmo a pele pôde servir como uma fonte de pilha da haste, como relatado no jornal do Neuroscience por Freda Moleiro, Ph.D., e colaboradores no hospital para o instituto de pesquisa doente das crianças em Toronto, Canadá. Não está desobstruída ainda se a pele poderia gerar pilhas de haste suficientes para finalidades therapeutic. A equipe canadense demonstrou que as pilhas de haste derivadas da pele do rato poderiam produzir as pilhas da sustentação que fazem o myelin, envolvendo em torno dos nervos nos ratos que faltam sua própria isolação do myelin. O outro as pilhas da sustentação do sistema nervoso, chamadas astrocytes, pôde servir assim como uma terapia da pilha de haste, de acordo com findings por Stephen Davies, Ph.D., e colegas em Baylor em Houston. Mostraram que os astrocytes derivados das pilhas de haste podem reparar ferimento spinal nos ratos, como relatado em linha no jornal da biologia. Como os implants da pilha de haste saberão aonde ir? O fator do crescimento abreviado como FGF pode ser um sinal chave a que permita que os neurônios do motor encontrem o músculo direito para conectar e ao contrato, de acordo com um relatório em junho no neurônio pelos investigadores de Salk Instituto conduzidos por Samuel Pfaff, Ph.D., em La Jolla, Califórnia. Está desobstruído que há muitas rotas possíveis a uma terapia da pilha de haste. O que se tornou também desobstruído recentemente é que os pacientes tratados em China para ferimento spinal com uma preparação de pilhas fetal têm não mostrado toda a evidência que o tratamento trabalha. Instead muitos pacientes com ferimento do cabo spinal verificaram por outros médicos tiveram efeitos laterais potencial prejudiciais nos dias que seguem o procedimento caro, como mencionado momentaneamente dentro pôde mensalmente journal a notícia. Esta edição era o foco de um artigo publicado em junho pelo globo de Boston que citou Lucie Bruijn, Ph.D., diretor da ciência e vice-presidente da associação de ALS. Muitas rotas diferentes estão disponíveis para investigadores para explorar para o objetivo de uma terapia eficaz da pilha de haste para ALS. A associação de ALS procurará financiar toda a avenida que poderia mostrar a promessa. Para uns detalhes e umas ligações mais adicionais do jornal, consultar à notícia mensal para junho, pilhas do jornal de 2006 e de haste no Web site da associação de ALS.
Fonte: http://www.alsa.org/
Tradução: http://translate.google.com/translate_t

Médicos dizem ter prova de regeneração no cérebro

O cérebro se reconstruiu espontaneamente, gerando minúsculas conexões nervosas para substituir as que haviam sido destruídas.


MILWAUKEE, EUA - Um homem que mal se manteve consciente por quase 20 anos recuperou a fala e o movimento três anos atrás porque seu cérebro se reconstruiu espontaneamente, gerando minúsculas conexões nervosas para substituir as que haviam sido destruídas num acidente automobilístico, afirmam médicos que, agora, declaram ter prova do ocorrido.
Acredita-se que o homem, Terry Wallis, de 42 anos, seja a única pessoa nos EUA a apresentar uma recuperação tão dramática, tantos anos após sofrer grave dano cerebral. Embora o progresso de Terry seja inspirador, médicos alertam que não se pode esperar o mesmo de pessoas em estado vegetativo persistente. Eles também não sabem como causar recuperação semelhante em outros pacientes.
"Neste momento, estes casos são como ganhar na loteria", disse o médico Ross Zafonte, chefe de reabilitação do Centro Médico da Universidade de Pittsburgh. "Não quero entusiasmar parentes ou pessoas para que fiquem achando que agora temos uma cura para isso".
Zafonte não tomou parte no estudo, encabeçado por Henning Voss e Nicholas Schiff, da Faculdade de Medicina da Universidade Cornell. Os resultados estão publicados na edição desta segunda-feira do Journal of Clinical Investigation. Wallis tinha 19 anos quando sofreu o acidente que o deixou, primeiro, em coma e, depois, num estado de consciência mínima, no qual permanecia desperto mais incapaz de se comunicar, exceto por movimentos da cabeça e grunhidos, por mais de 19 anos.
"As fibras nervosas das células se romperam, mas as células em si permaneceram intactas", disse o neurologista James Bernat. Células nervosas que não morreram podem formar novas conexões. Por exemplo, nervos nos braços e pernas podem crescer até 2,5 cm ao mês, depois de serem cortados. Mas a ocorrência é muito mais rara no cérebro.
A nova pesquisa sugere que a recuperação de Wallis, há três anos, não foi "súbita", mas esteve em progresso ao longo de duas décadas, enquanto os nervos de seu cérebro formaram novas conexões, até restabelecer a rede.
Os cientistas usaram uma nova técnica para fazer imagens do cérebro - disponível apenas para estudo científico - para determinar isso. Ela rastreia a direção das moléculas de água dentro e ao redor dos neurônios, e faz imagens em vermelho, verde e azul - uma cor para cada direção (acima/abaixo, atrás/frente, direita/esquerda).
Os médicos compararam a função cerebral de Wallis com a de 20 pessoas saudáveis e outro paciente com consciência mínima, e que não mostrou melhora em seis anos. Todos foram analisados duas vezes, num intervalo de 18 meses.
No cérebro de Wallis, a segunda imagem mostrou mudanças em relação à primeira, sugerindo recuperação, principalmente em áreas do cérebro ligadas à fala e ao caminhar.

Fonte: Estadão

02 julho 2006

Longo caminho à frente

Por Eduardo Geraque

Agência FAPESP - O uso de células-tronco em terapias humanas, sejam elas de origem embrionária ou adulta, já faz parte do imaginário popular. Mas, à medida que as expectativas crescem na sociedade, elas tendem a ser frustradas no curto prazo. Isso porque, dentro do campo científico, apesar de avanços gigantescos registrados nos últimos anos, os obstáculos ainda são enormes.
Uma das áreas onde isso está mais presente, conforme mostra especial da revista Nature sobre células-tronco lançado nesta quinta-feira (29/6), é a neurologia. A enorme plasticidade do cérebro retrata bem os muitos desafios dos pesquisadores.
“Grande parcela da sociedade acredita que no cérebro existam apenas neurônios e ponto final. E que todos eles são idênticos”, disse Alysson Muotri à Agência FAPESP. O pesquisador brasileiro, atualmente no Instituto Salk, na Califórnia, é autor de um dos oito artigos do especial, ao lado do colega norte-americano Fred Gage.
No caso do uso das células-tronco para recriar neurônios destruídos por causas diversas, o trabalho científico seria simples se o senso comum estivesse certo. Bastaria diferenciar essas matrizes biológicas em neurônios e pronto. A aplicação clínica seria imediata. “Infelizmente, isso não é verdade, muito pelo contrário”, disse Muotri.
Segundo o cientista, existem mais de 10 mil tipos de neurônios no ser humano, além de pequenas variações entre uma mesma família. “Cada neurônio é um indivíduo que se comunica com milhares de outros, formando as redes neuronais”, disse. Além disso, esses conjuntos são únicos. “Isso porque eles são influenciados pelo ambiente e histórico social de cada pessoa, produzindo uma mesma forma de pensar, raciocinar e se emocionar.”
Exatamente por causa desse incrível número de possibilidades, o ser humano tem uma enorme capacidade cognitiva. A sofisticação do pensamento criativo, da consciência do “eu” e assim por diante são únicos na espécie. Por esse mesmo motivo imitar essas redes neuronais também não é algo trivial.
“Para gerar essa quantidade enorme de tipos específicos, as células neurais progenitoras precisam usar diversos mecanismos genéticos que garantam maior flexibilidade na expressão gênica”, explica Muotri. Como muitos desses verdadeiros truques genéticos não são ainda sequer entendidos, ainda serão necessários muitos avanços na pesquisa considerada básica antes que possa ser imaginado qualquer tipo de aplicação.
Protocolos únicos
Para alguns tipos de neurônios, como mostra o artigo de Muotri e Gage, já se consegue fazer a diferenciação de células-tronco adultas ou embrionárias em uma porcentagem razoável. O problema é que todas essas pesquisas foram feitas apenas em roedores. “No caso dos humanos, os resultados não foram tão satisfatórios. Ao aplicarmos os protocolos feitos para os ratos, as respostas não foram as mesmas. Temos que redescobrir como isso funciona em células humanas”, disse.
Diante de perguntas ainda básicas, um esboço do caminho a ser seguido, no caso do uso de células-tronco para o tratamento de doenças do cérebro, emerge das pesquisas realizadas até agora. “Cada síndrome terá de seguir um protocolo distinto, que vai depender muito do conhecimento atual de como cada uma delas evolui”, disse.
Apesar das dúvidas estarem presentes em grande quantidade, o momento atual das ciências biológicas deve ser enaltecido, segundo o pesquisador brasileiro. “Estamos diante de uma oportunidade de ouro, que ocorreu apenas na atual geração, com o cultivo das células-tronco embrionárias humanas. Estamos como que espiando fases iniciais da formação humana. E isso é fantástico”, disse Muotri.
O artigo Generation of neuronal variability and complexity pode ser lido por assinantes no site da Nature, em www.nature.com.