02 fevereiro 2007

Empresário britânico cria banco de células-tronco
O mega-empresário britânico Richard Branson, dono das empresas de entretenimento Virgin, anunciou que vai criar um banco onde famílias poderão armazenar células-tronco retiradas dos cordões umbilicais de bebês recém-nascidos.
Muitos acreditam que as células possam ser usadas no futuro para tratar condições como Mal de Parkinson e câncer.
Algumas empresas britânicas já oferecem este serviço, embora obstetras e outros especialistas digam que há "evidências insuficientes" para que a prática seja recomendada.
Acredita-se que alguns milhares de casais britânicos já tenham armazenado células-tronco de seus filhos.
Em alguns casos, os pais recebem kits de coleta que são enviados para processamento e armazenagem. Outras empresas enviam um profissional para colher o sangue.
Acesso
A Virgin diz que o serviço que pretende oferecer será único porque o banco, chamado de Virgin Health Bank, vai incluir um aspecto beneficente: a empresa vai permitir que o Serviço Nacional de Saúde britânico, NHS na sigla em inglês, utilize algumas das células armazenadas.
Richard Branson explicou: "Vamos extrair o sangue do cordão umbilical e dividi-lo em duas partes".
"Uma parte vai para um banco nacional de sangue a que qualquer pessoa pode ter acesso. A outra metade vai ser guardada para a criança".
Branson disse que a iniciativa deve ajudar particularmente grupos étnicos de alto risco suscetíveis a certas condições que podem ser tratadas com células-tronco.
Muitas vezes, essas pessoas têm dificuldade em encontrar células-tronco do tipo certo.
O Royal College of Obstetricians and Gynaecologists (RCOG na sigla em inglês) disse que apóia um aumento na quantidade de bancos públicos de células-tronco e a disponibilização desse material para uso internacionalmente, o que coincide com uma das prioridades estabelecidas pelo Virgin Health Bank.
Em relatório publicado no ano passado, a entidade disse que os hospitais britânicos armazenam cerca de duas mil amostra de sangue retirado de cordões umbilicais por ano. O material pode ser usado por qualquer pessoa que precise de um transplante desse tipo de célula.
Fonte: BBC